quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Férias 2009 - Natal/RN

Ir para Natal/ RN e não escrever nada sobre esse paraíso na terra é um pecado. Cheguei de lá esta semana e já tô morrendo de saudade, juro que volto. Conversei com minha amiga Mariana e ela disse que posso ser promoter da cidade pelo tanto que fiz elogios, todos merecidos juro (quem já foi sabe).

Acho que pelo tanto que gosto de descrever/ escrever, minhas impressões sobre Natal renderiam um livro turístico, mas neste post apenas tentarei escrever o quanto a viagem foi boa, tirei mais de mil fotos, cada minuto foi uma descoberta e deslumbramento novo, e eu nem gosto de tirar fotos né?

Chegamos (eu, Fábio, Marisa e Adilson) em Natal no sábado (5/12/2009) depois de uma longa noite de viagem (Ribeirão Preto/ São Paulo de carro - 23h00/ 4h - São Paulo/ Natal de avião - 9h45/ 14h. Assim que chegamos ao Hotel que tinhamos reservado a recepcionista disse que pelo fato de uma micareta famosa na cidade a gente teria que mudar de hotel, os quartos estavam todos ocupados ainda, aceitamos com a condição de ser um melhor, conseguimos um quase a beira mar, perto de tudo e mais sofisticado (não que eu ligue para isso, mas já que seriamos tranferidos teriamos que exigir qualidade, no mínimo). Tranferência feita e aprovada. Deixamos as coisas no carro e eu e o Fábio fomos direto à praia (Ponta Negra) onde fica o famoso cartão postal da cidade, o morro do careca.

No dia seguinte (domingo) fizemos o city tour, interessantíssimo, pois soubemos o quanto Natal é importante por ser localizado em ponto estratégico. Conhecemos a Fortaleza dos Reis Magos na praia do Forte, o maior cajueiro do mundo, nadamos em alto mar nos arrecifes, uma delícia, belas paisagens. Pude percerber que Natal é uma cidade muito grande, sem favelas e moradias inabitábeis como vemos por aqui. Apesar de lugares simples como a vila dos pescadores, percebemos que eles tem qualidade de vida, isso é muito importante.

Na segunda-feira ficamos na praia de Ponta negra, fomos ver o morro do careca de perto, é enorme. Lindo. Importante dizer o quanto faz sol em Natal, demais, e venta demais, ainda bem, pois ninguém aguentaria, outro detalhe, lá é impossível ficar sem óculos de sol, interessante como o sol brilha mais intenso lá rs.

Na terça-feira fizemos o passeio de buggy, tenho que admitir que foi o melhor, conhecemos a lagoa e as dunas móveis de Genipabu, um paraíso, incrível, um deserto branco no Brasil, sabe quando você olha um lugar muito bonito e parece que é mentira de tão bonito? incrível. Depois fizemos o esquibunda e o aerobunda, muito divertido, sem contar as pessoas e vilas que passamos e conhecemos, cada minuto uma surpresa e beleza diferente.

Na quarta-feira fomos à praia de Pipa, na verdade Pipa são várias praias: praia dos golfinhos, lá passamos a manhã toda, tão gostasa, mar delicioso, e como é limpo, na verdade lá tudo é muito limpo, águas cristalinas; na parte da tarde fomos em outra praia de pipa, não me lembro o nome, delícia também; para finalizar o passeio fomos à praia do amor, adivinham, linda né!

Na quinta-feira ficamos por nossa conta, pegamos um busão e fomos conhecer várias praias, no maior estilo aventureiro, de noite fomos ao shopping do artesanato para as compras. Fiquei admirada com o preço e a delicadeza das peças. Muito bom!

Na sexta-feira, último dia, pegamos um buggy novamente e fomos à Baia Formoza, passeio inesquecível mais uma vez, conhecemos a lagoa de araraquara, ela tem o apelido de coca-cola pelo fato da água ser preta avermelhada, nossa, de outro mundo, tão boa para nadar, a água em qualquer lugar em Natal é morninha, maravilha.

Bom, fico por aqui, fiz mais ou menos um diário de bordo, há tantos detalhes que faltaram, coisinhas que ficam na memória e que dá para expressar melhor na fala, mas espero que os leitores gostem e se animem para conhecer melhor esse Brasil que é tão lindo, e grande. Vale a pena.

No próximo post vou publicar algumas fotos.

Um beijo grande de um ser sendo, sempre!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Brasil democrático?

Acabo de ler na Caros Amigos online que a injustiça contra rádios comunitárias continua:

'Desde setembro, mais de 17 rádios comunitárias foram fechadas pela Polícia Federal (PF) e a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) no Estado de São Paulo.'

Isso tudo acontence na véspera da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, marcada para o período de 14 a 17 de dezembro.

'De acordo com Bia Barbosa, do coletivo Intervozes, a ação é irregular, pois além de não estar embasada em uma ordem judicial, foi operada pela Polícia Civil, quando constitucionalmente os casos que envolvem radiodifusão são de competência da Polícia Federal.'

Enquanto a injustiça e a imoralidade correm soltas, as grandes da Associação Brasileira de Radiodifusão (ABRA) disseram que participarão da Coferência Nacional para que a lei contra rádios irregulares seja aplicada com rigor.

Agora eu pergunto a vocês:

Onde fica a democracia e a liberdade de expressão nisso tudo?


Boa pergunta.


Integra da matéria no site Caros Amigos:

http://carosamigos.terra.com.br/index_site.php?pag=revista&id=&iditens=418

Beijo de um sersendo (indignada)






segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Levante sua voz

Depois de uma breve ausência aqui no meu cantinho eu retorno para postar um projeto interessantíssimo do Intervozes - importante organização que atua pelo direito à comunicação no país - que lançou o vídeo 'Levante sua voz' dirigido por Pedro Ekmam.
Site da organização: http://www.intervozes.org.br/
O vídeo mostra que vivemos uma "falsa liberdade" de expressão, uma ditadura branca, pois quando pessoas bem intencionadas querem realizar projetos construtivos no rádio ou na TV são barrados por leis e diretrizes inconcebíveis para um país democrático, aliás, aqui só pode quem tem mais.
Acorda Brasil. Não dexem de ver o vídeo, vale a pena:







Beijo de Um ser sendo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

'Bactérias num meio é cultura'




A admiração que tenho por Arnaldo Antunes já dura há algum tempo. Tenho que confessar que não cheguei a ele pela música, e sim pelos poemas concretos, e ao invés de prestigiá-lo em um show o prestigiei em uma palestra voltada à literatura, isso há uns três ou quatro anos, mas não demorou muito para eu me interessar pelo Arnaldo compositor e músico, acho que não durou semanas.

Tudo isso é para falar um pouco do show que ele apresentou no Teatro Pedro II no sábado (24/10). Arnaldo Antunes recentemente lançou o CD: Iê Iê Iê, eu só havia ouvido algumas canções, no show além dele apresentar todo o novo CD (que diga-se de passagem está lindo) ele também relembrou algumas músicas de CDs anteriores. Bom, foi lindo. Sei que só essa definição parece subjetiva, mas não tenho outros argumentos, aliás, tenho sim, além de lindo foi fantástico, memorável, envolvente etc.

Bom, lógico que além de tudo isso tenho que comentar os detalhes, como por exemplo o palco, atrás dos instumentos havia muitas camisetas, decorando de cima a baixo, achei fantástico, tão simples e delicado, como o próprio Arnaldo. Outra coisa que me surpreendeu foi a presença do Edgard Scandurra na guitarra, juro que não sabia, presença digna, deu um toque rock ao show.

Outra coisa bacana que pude perceber foi a presença de palco e empolgação de Arnaldo, ele desceu e se juntou a nós (platéia), sentou na beirinha do palco várias vezes, tão próximo, tão humilde, tão humano como suas letras e poesias.

Ahhhh! Antes do show foi apresentado um vídeo de Arnaldo Antunes com parceria da Natura sobre o processo de criação de suas composições e poesias relacionadas ao contexto de pele e beleza, fantástico (tentei encontrar o vídeo na net mas foi em vão). Ainda estou fascinada com o show, quem não foi gente, sinto em dizer que perderam um espetáculo de cultura.





Beijo de um ser sendo.

sábado, 17 de outubro de 2009

Intertextualidade: A Quadrilha x Flor da Idade

Eu sempre fui fascinada por intertextualidade, acho interessante e inteligente pessoas que souberam fazer uma releitura de um outro texto. Um exemplo pra lá de memorável são as várias versões de Canção do Exílio, originalmente escrita por Gonçalves Dias e usada como modelo por Murilo Mendes e Oswald de Andrade. Muita gente já pensou em paródia, na verdade, o que diferencia o intertexto da paródia é o humor, que é obrigatório na paródia de algum texto.

Há vários exemplos de intertexto explícito, como o caso da Canção do Exílio, mas o que me inspirou a escrever este post foi o diálogo que Chico Buarque fez com sua canção Flor da idade versus A Quadrilha, poema de Carlos Drummond de Andrade.

O poema:


A Quadrilha

Por * Carlos Drummond de Andrade

João amava Teresa,
que amava Raimundo,
que amava Maria,
que amava Joaquim,
que amava Lili,
que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.


A Canção:

Flor da idade


Por * Chico Buarque de Holanda
A gente faz hora, faz fila na vila do meio dia
Pra ver Maria
A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia
A porta dela não tem tramela
A janela é sem gelosia
Nem desconfia
Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor
Na hora certa, a casa aberta, o pijama aberto, a família
A armadilha
A mesa posta de peixe, deixe um cheirinho da sua filha
Ela vive parada no sucesso do rádio de pilha
Que maravilha
Ai, o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor

Vê passar ela, como dança, balança, avança e recua
A gente sua
A roupa suja da cuja se lava no meio da rua
Despudorada, dada, à danada agrada andar seminua
E continua
Ai, a primeira dama, o primeiro drama, o primeiro amor

Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo
Que amava Juca que amava Dora que amava Carlos que amava Dora
Que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava
Carlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que amava
a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha






quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Era uma vez


O dia da criança já passou, mas como ainda estamos na semana dela, ou como dizem por aí: 'semana do saco cheio', resolvi escrever um pouco sobre a minha infância, inspirada na blogosfera, pois li postagens super interessantes a respeito do dia da criançada.


Eu posso dizer que tive uma infância divertida com minha panelinha de amigos, aqueles amigos inesquecíveis da infância, daquela época só me restou a Amanda de próxima, os outros vejo por aí e sempre sai aquele 'oizinho' tímido, é engraçado.


Nossa, como eu fui feliz, era queimada, mamãe da rua, estrela nova cela, pisca, muita brincadeira mesmo. Eu tenho que confessar que fui muito ruera, eu só nao gostava de jogos como volei, ou competições, ficava aflita. Adorava bonecas, achava a Barbie um charme, todo natal eu pedia uma Barbie. Muito bom.


Tive a sorte de ter meus pais sempre presentes na minha infância, a lembrança mais marcante que tenho dessa época é de meu pai chegando em casa domingo de manhã com lápis de cores, canetinhas e papel para eu e minha irmã Mayra desenharmos, ele arrumava uma mesinha de madeira com cadeirinhas pequenas para ficarmos bem à vontade; minha mãe por sua vez ficava por conta dos vinis, naquela época eram eles que predominavam, além das canções de crianças da época, como Balão Mágico, Toquinho etc, ela colocava para nós ouvirmos Queen, Janis Joplin, Raul Seixas , Novos Baianos, Chico Buarque, Fagner e por aí vai, aliás, devo agradecer a minha mãe pelo meu gosto e influência musical de hoje.


Não posso deixar de escrever sobre as manhãs de domingo no museu, faziamos piquinique ao som de chorinho (será que ainda tem chorinho por lá?), e os almoços de domingo da casa das avós, nas tias, encontro com primos, eram sempre os melhores...


E os natais? Hoje um pouco da minha frustação com o natal é por não ser mais como antigamente, a gente cresce e perde todo aquele encanto de esperar 00h00 e abrir os presentes. Hoje eu me divirto vendo as crianças da família encantadas com esse dia, isso é ótimo, o importante é o tempo bom que passamos na idade delas, claro que apesar da nostaugia, estar com a família em dias especiais como esses de fim de ano é sempre muito importante.

Bom, não devo esquecer os desenhos e programas da época, eu adorava Conto de Fadas, Ratimbum, Castelo Ratimbum, Mundo da lua, Confissões de adolescentes, Anos Incríveis, Ursinhos carinhosos, Cavalo de fogo etc, etc, etc; amava ver TV, era tudo tão simple, inocente.

Hoje, tudo que sou, meu caráter, a vida que levo devo ao meus pais, graças a eles tive condições de uma infância feliz, simples e confortável. Não precisamos de muito para ser feliz, e eu sei disso por causa de cada momento pleno que tive quando criança. Obrigada família.

PS: Feliz dias das crianças Brasil.

Trilha: Nada melhor que Toquinho para a criançada de antigamente ter saudade e a de hoje admirar. Beijo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dia do Compositor Brasileiro

Hoje é dia do Compositor Brasileiro, e eu acho digno comentar esse fato aqui no meu cantinho, pois amo a combinação de uma boa letra + melodia brasileira.

Admiro vários compositores brasileiros, impossível escolher um, o que posso fazer é destacar os principais, que são: Chico Buarque (ai ai, toda semana escuto algo dele), Luiz Tatit, Arnaldo Antunes (tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente), Lenine, Zeca Baleiro, Tom Zé, Adriana Calcanhotto, Moraes Moreira ... etc, etc, etc.

Esses são os principais mesmo, o top top da minha lista.

Bom, hoje, em homenagem a todos eles, a trilha será de Luiz Tatit, que além de meu ídolo musical é também um semioticista e linguista que admiro muito.

Beijo de Um ser sendo.




sábado, 3 de outubro de 2009

Beatriz...


Mês que vem minha sobrinha Beatriz faz 1 aninho, e eu já vou me antecipando nas homenagens.

Esse nome é lindo, sempre gostei, acho que fui influenciada pela Beatriz de Chico Buarque, música linda; minha irmã aceitou a sugestão por simplesmente gostar da sonoridade no nome.

O fato é que amamos demais a nossa Beatriz, ela é luz viva em nossas vidas.


Inquietações

Sexta-feita/ sábado/ que seja, 00h07.

Estou cansada.

Combinei de ver minhas amigas, não vi.

Programei de fazer as unhas, não fiz.

Tô cansada.

E estou aqui escrevendo para relaxar, não que eu não esteja relaxada, afinal de contas amanhã é sábado, no work, nothing... preciso escrever...

Estou inquieta, sentimentos a mil, muito trabalho, pouco dinheiro, longe de mim reclamar, se estou sem dinheiro é porque tenho gastado muito comigo, com meu bem estar; minhas férias serão em Natal, tô pagando um carrinho, coisas da qual pensei que demoraria a conquistar, estou orgulhosa de mim.

No mais, tenho pensado muito em dar aulas, entregar currículos nas escolas, prestar concursos para professora, apesar de eu estar bem no meu trabalho, ultimamente tenho tido umas 'inquietações' com relação à profissão. Ontem, conversando com minha amiga Juliana, que está longe longe, 'teclamos' sobre estudos, que saudade, estudar semiótica em casa não é a mesma coisa que a dedicação em obter algum título, apesar de ter voltado firme e forte no Inglês (por exigência do trabalho) sinto que me acomodei com relação à carreira que eu escolhi.

Efim, inquietações e mais inquietações ... adoro debatê-las aqui.

Lembrando que inquietações não são tristezas, pois eu nunca estive tão feliz na minha vida, apesar de tantos questionamentos eu sei bem quem sou, sei bem o que quero. Um ser sendo.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Nada demais.

Duas semanas já se passaram depois da mudança, estou me acostumando, mas confesso que ainda acordo com os olhos vermelhos, como quando durmo fora de casa, e quando acordo para trabalhar ainda é um pouco estranho, pois parece que estou em férias e tenho que ir ralar enquanto todos dormem, mas cada dia que passa essa impressão de estar na condição de visita está passando.


No mais tudo certo, estou sem grandes aflições e não há nada de interessante e tudo de interessante. Afinal a vida é isso...


Fui.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Amigas, amigas...

Hoje eu fui jantar na minha amiga Helena, sai do trabalho, peguei a Mariana no cursinho e fui direto para lá, eu adoro ir na Helena, estar com minhas irmãs de coração.

A vida é muito justa mesmo, da voltas e voltas e faz a gente encontrar pessoas significativas. Quando as conheci nem imaginava o quanto seriamos amigas, o quanto elas me ajudariam.

Enfim, amigas existem para isso, apesar de altos e baixos entre relações homem x mulher as amigas sempre estarão ali, é valioso, precioso.

Mas... não posso deixar de falar da minha lindinha, a Paulinha, filhinha linda da Helena, uma amor, um anjo! Fez dois aninhos recentemente, ela já está falando de tudo. Hoje, quando dei uma sumidinha para ir ao banheiro eu só ouvia de longe: "Parcelaaa...cadê a parcela?"... kkk

Meninas, amigas, irmãs...

Vocês merecem mais do que palavras de alguém 'levemente' alcoolizada. Merecem meu respeito, admiração, carinho, amor.

Obrigada por tudo.

Amo vocês.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Casa nova, vida nova

Mudança.


Exitem pessoas que ao ouvir essa palavra tremem de medo, ansiedade; outras vivem em busca de constantes mudanças. Eu tenho que confessar que tenho um pouco de receio, na verdade morro de medo da mudança. Mas não posso evitá-la, em um pouco mais de um ano minha vida tem mudado radicalmente, uma amizade que eu pensei que seria eterna acabou, consegui um bom trabalho, depois de um longo período desempregada, no qual aprendo e sou valorizada todos os dias, e apesar de alguns acontecimentos desagradáveis, devo dizer que hoje tudo tudo parece fazer sentido, é positivo.


Na verdade eu abri esse post para falar um pouco da grande mudança da minha vida. Mudei de casa, e isso é tão estranho! Estranho porque passei 23 anos morando no mesmo bairro, casa e nunca imaginei me mudar de lá, apesar de querer muito, por diversos motivos que não vem ao caso, e estar organizando as coisas na casa nova é mais estranho ainda, parece que estamos limpando a casa da praia para passar alguns dias e logo vamos embora, para a casa antiga.

Devo dizer que foi uma das melhores mudanças da minha vida, a casa é um sonho para mim e para minha família.

Estou feliz.

Estamos felizes.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu..."

Estou com a sensação de estar fora de órbita, juro que não é TPM (essa foi para minhas amigas que já devem ter deduzido isso), tô inclusive com dificuldade de escrever sobre isso, geralmente essa coisa de transformar sentimentos em palvras é fácil para mim, faço um amontoado de ideias sem nexos e acaba saindo algo bom, sinto que agora é só conversa jogada fora. As pessoas ao meu redor parecem estranhas demais, não me reconheço em ninguém hoje, como se somente eu e minhas angústias habitassem o mundo. Egocentrismo? Niilismo? não sei... tô tão perdida que acho que meu problema nem chega a ser a descrença no ser humano. Acho que estou cansada. Deve ser só isso mesmo:

"Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada ..." Clarice Lispector


segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Que saudade do meu cantinho, quanto tempo!

Tempo... nem sei mais o que é isso! O mês que todos têm medo por ser um tanto quanto nebuloso passou e eu nem vi, tempo, agora contarei os dias para chegar dezembro, para ser mais clara, 7 de dezembro, para eu desfrutar as minhas mais que merecidas férias.

Chega logo dezembro...

logo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Carta à Marilisa

Querida Marilisa,

Recebi uma mensagem sua, mensagem inesperada, pois faz muito tempo que não nos vemos, não nos falamos, a faculdade acabou e de repente voltamos a ser um pouco desconhecidas, mas jamais estranhas uma a outra.

Marilisa, amiga de viagens imaginárias, sonhos culturais, ideológicos, uma vontade de mudar o mundo com arte literária, pra ser mais direta, com contos fantáticos.

De quem foi a ideia de analisar aqueles contos lunáticos de Murilo Rubião? Confesso que não lembro, só sei que queriamos algo fantástico, disso eu me lembro, mas não queriamos qualquer um, sem querer desvalorizar os mais conhecidos, nós queriamos chocar, dizer o nome do 'nosso' escritor para todos perguntarem: 'Murilo do que? nunca li nada dele'. E não é que conseguimos.

Escrevo cada palavra com um leve sorriso nos lábios, e para ser um pouco dramática, com os olhos d'água.

Sua pequena mensagem dizendo que estou sumida despertou uma vontade de te escrever, dizer que quero marcar alguma coisa, sei que está tendo eventos culturais interessantes na cidade: café filosófico, exibições de filmes e documentários no sesc, semana passada teve uma peça tão bonita no Meira Júnior: 'Um grito parado no ar', sinto tanto de não ter te convidado, você teria amado, tenho certeza.

Que vida louca essa que estamos vivendo né? Você imaginava que seria assim? É doido não é? De repente ter responsabilidades maiores que nós mesmas, corrigir erros (gramaticais) de outra pessoa, ensinar, sair de casa de 'manhãzinha' e só voltar de noite...ufa..Apesar de corrido é tudo tão bom, dedicado né?

Acho que já escrevi demais, você sabe que quando começo a escrever/ falar não paro, mas agora é preciso, vamos combinar alguma coisa, um bar para colocar a conversa em dia, sem hora pra chegar em casa, pois o papo vai render, se bobiar, uma análise semiótica daquela poesia que ainda nao analisamos, lembra?

Marilisa, o que quero dizer com tudo isso é que estou com saudade.
De verdade.

Beijos.

Marcela.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Desabafo: ter/ querer-ser/ parecer

Eu acho incrível uma pessoa ter uma relação de apego com o ter, com o querer-ser e o parecer.
Resumindo, pessoas que não tem a sensibilidade e a amabilidade para conquistar uma pessoa ou algum objetivo com o ser.
Tenho muitas paixões e amores na minha vida. Essas paixões e esses amores são pessoas de carne, osso e coração, principalmente coração. Quem me conhece de verdade sabe que quando amo, amo pra valer e com todas as forças; minha família, meu namorado, meus amigos e colegas sabem disso. E é por essa razão que estão comigo para o que der e vier, de corpo e alma. É de verdade, eu sinto.
Aprendi a não me enganar mais com alguém, a ter a sensibilidade de perceber uma boa pessoa. Eu não perdi a confiança no ser humano, não endureci, só que para certas coisas aprendo a me cuidar.
Lógico que gosto de carro, roupas, sapatos etc, sou ser humano e não a perfeição em forma de gente! Só que isso tudo são coisas... apenas coisas!
Se a grande maioria pensasse nessas coisas como apenas coisas, e só isso, poderiamos ter um mundo com pessoas diferentes, diferente no sentido de melhor.
Pensem nisso.



quarta-feira, 29 de julho de 2009

Educação

EDUCAÇÃO, sei que as poucas pessoas que acompanham meu blog tem relação ou pelo menos admiram esse assunto!

Eu sou formada em LETRAS, nenhuma novidade quanto a isso né? Mas falando sério, Letras não é um curso voltado para a educação propriamente dita, ou seja, na prática, eu mesma entrei no curso sem intenção de ser professora (loucura), tanto que no último ano da graduação entrei em pânico, caiu a ficha que eu teria que ser professora: "Meu Deus, o que será de mim?" pensei, aí tudo piorou depois de assistir algumas aulas como estagiária.

Hoje dou risada, mas passei grandes apuros, enquanto minha colegas de classe já sabiam o que seriam, já estavam "inseridas no mercado" estagiando (na área pedagógica né) eu estava lá, perdida, ao invés de correr atrás desse mercado esmagador decidi não trabalhar na área pedagógica (que nao é letras) e dedicar meu tempo em oficinas literárias, cursos extras, eu só estudei, falo sem cermônias e sem modéstia,valeu a pena.

Depois da formatura, o grande sufoco, o que será de mim? Aulas substitutivas? SIM, e em uma escola particular, as estaduais estavam tão cheias de professores desempregados batendo na porta por uma aulinha que eu fui mais uma a levar NÃO.

Na escola particular dei aula de Inglês, foi legal, tirando as classes infantis, 5° ano, passar por essa experência me fez ver que não me dou bem com crianças grandes, pré-adolescentes e afins.

Mas voltarei as salas de aula um dia, ensinarei literatura com paixão, e seguirei o conselho da cineasta e pedagoga Marília Franco, que é o de educar diferente pessoas diferentes, afinal de contas ninguém é igual.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mistério do planeta - Novos Baianos

Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso,
Jogando meu corpo no mundo,
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas,
Passado, presente,
Participo sendo o mistério do planeta
O tríplice mistério do "stop"
Que eu passo por e sendo ele
No que fica em cada um,
No que sigo o meu caminho
E no ar que fez e assistiu
Abra um parênteses, não esqueça
Que independente disso
Eu não passo de um malandro,
De um moleque do brasil
Que peço e dou esmolas,
Mas ando e penso sempre com mais de um,
Por isso ninguém vê minha sacola

[Galvão/ Moraes Moreira]




sexta-feira, 10 de julho de 2009

Os sonhos e os objetivos não podem ser esquecidos!

Abandonei por algumas semanas meu blog, muito trabalho, cabeça cheia, tava difícil vir aqui no meu cantinho e desabafar.

Eis-me enfim aqui, costumo escrever no blog quando ainda estou no trabalho, não pensem que sou irresponsável, é que quando termino de ler alguns texto, despachar alguns serviços eu realmente fico sem nada para fazer, e aqui, apesar de ser trabalho e desse nome exercer forte impacto para a sensibilidade e inspiração de algumas pessoas, para mim é o oposto , é melhor, aqui é sossegado, parece que quando fico longe de pessoas que realmente me conhece (família) eu me solto mais para escrever.

Vamos ao que interessa.

Aqui no trabalho estamos fazendo a seleção para novos colaboradores para a parte de trainee de auditoria e tributos, primeiro eles tiveram que fazer a prova online, os que passaram fizeram a dinâmica e os que passaram da dinâmica vão ser entrevistados pelos diretores, enfim, coisas normais para a seleção de um funcionário.

A dinâmica foi realizada no último fim de semana, demos preferência para algo mais simples, com elaboração de nome de empresa, apresentação pessoal, uma experiência tranquila, mas a dinâmica e a aplicação dela não tem muito a ver com o assunto, o que realmente me chamou a atenção é de ver tanta gente ali, em busca de algo e saber que poucos serão selecionados, me senti mal, lembrei das vezes que passei por isso, momento de avaliação de outros, insegurança e ao mesmo tempo vontade de conseguir o trabalho!

Participei de algumas dinâmicas em grupo, não passei em nenhuma! Hoje eu acredito que não era pra ser mesmo, mas ao ver os candidatos na posição inconfortável que já estive me deu uma angústia, uma vontade de aprovar todos, dar a chance deles mostrarem o potencial na prática. Infelizmente não é assim, não pode ser assim. Essa semana ligarei para os aprovados na dinâmica e darei a notícia boa tão esperada, para os que não passaram ligarei também, nada de e-mails, farei questão de dizer para continuarem em busca do sonho, e desejarei sorte, sei que minhas palavras não serão as esperadas, mas de coração, eu desejo a todos sorte. De verdade.


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Em busca do sentido


Na descrição do meu perfil eu escrevi que procuro sentido em minha vida e que sou movida, semioticamente, por paixões, falando assim parece que sou objeto de estudo de alguma teoria, no caso a semiótica, e eu posso ser, viu: Sou um "sujeito" e tenho um "objeto valor" a ser conquistado, esse objeto valor pode ser os deveres do dia a dia, tudo isso ligado à paixão, pois se o sujeito não está "apaixonado" pelo seu "objeto valor" não há o percurso. Eu sei, tá complicado né? acredite, para mim a semiótica é uma loucura. Eu a estudo há dois anos e parece que ainda não sei nada, e acho que não sei mesmo, agora estamos (grupo de estudos de semiótica) começando a navegar em mares desconhecidos, uma nova (para nós) direção da semiótica de Zilberberg, ele e suas tensividades, acredito que com o Zilberberg teremos ainda mais suporte de análise para nossos textos. Mas Greimas, sempre será o "mestre dos mestres", não tem jeito.

Mas não tô aqui para ensinar semiótica ou definí-la, o que pra mim é impossível, quero contar como a conheci e como ela faz sentido para mim, falando assim parecemos intimas né? Que nada, para vocês terem uma ideia tenho que ler, reler, ler de novo algumas explicações para que algumas questões entrem na minha mente.

Quem me apresentou a teoria foi a professora Fabiane Borsato, que no meu último ano de faculdade (2007) aceitou orientar meu tcc em parceria com a minha amiga Marilisa, e sugeriu o suporte da semiótica para a análise, confiei na Fabiane, formamos um grupo de estudos para aprendermos melhor e seguimos em frente, peguei um livrinho fininho destinado a principiantes do estudo da teoria semiótica e o engoli, literalmente, nosso primeiro objeto de estudo foi o conto "Teleco, o coelinho" de Murilo Rubião, sinceramente, a análise ficou boa, coerente, mas faltou intimidade entre os termos semióticos e a análise, ficou parecendo uma fórmula, mas com certeza, esse exercício truncado fez com que ganhássemos um pouquinho mais de intimidade com a teoria, e com o que tínhamos de análise do Teleco, apresentamos uma comunicação no MiniEnapol da USP. Nosso segundo texto foi outro conto de Murilo Rubião: "O ex-mágico da Taberna Minhota", essa análise já ficou menos teórica, mas se hoje eu pegar para ler encontrarei alguns erros, enfim, apresentamos a análise para a bancada de tcc, e foi tudo bem, passamos de ano e concluímos o curso de Letras, página virada a princípio.

Conclui o curso, mas não a semiótica, ainda frequento o Grupo de Estudos CESAJUG, que me proporciona o contato com o trabalho de análise semiótica em textos literários, ela não me deixa parada, desatualizada. Com a semiótica podemos entender os percursos do sujeito na obra, suas paixões, a figuratividade presente em cada pedacinho do texto, seja ele qual for, afinal de contas a semiótica está aí, em busca do sentido. E eu também estou. 

quarta-feira, 1 de julho de 2009

9° Feira do Livro de Ribeirão Preto



Como prometi na minha última postagem, hoje escreverei um pouco sobre a 9° edição da Feira do Livro. Acho que exagerei quando disse em fazer um balanço geral, pois apesar de ter comparecido quase todos os dias, não foi o suficiente para ver tudo que eu queria, o que farei aqui será apenas um resumo do que vi nos dias em que pude ir.

Comecei no sábado, dia 20/6, com o show de Adriana Calcanhotto, e posso dizer que foi um dos melhores shows que já estive, e olha que já fui em muitos. Adriana é linda, simpática, tem absoluta presença de palco, no show ela apresentou seu novo CD: "Maré", coisa linda, ótimas composições com parceria de Arnaldo Antunes, e além de nos mostrar o novo projeto, ela também cantou as clássicas que a gente nunca esquece, Adriana ao vivo se supera, sensacional. A noite não poderia ter acabado melhor para mim, pois quando eu estava indo para o carro, vi o Bruno Medina (tecladista dos Los Hermanos, atualmente está acompanhando a Adriana Calcanhotto nesta turnê), totalmente acessível atrás do palco, não pude evitar meu momento de tiete, e com ajuda do Fábio (super namorado), tirei uma foto com ele e disse o quanto eu o admirava, falei dos Los Hermanos, enfim, coisa de fã. Ele foi muito legal viu, me surpreendi, pois sempre o achei misterioso e tímido demais, poetas tem dessas coisas.

Na segunda-feira, depois do trabalho, não pude deixar de ir à palestra das 19h, quem deu o show de conhecimento foi o professor e escritor Dionísio, palestra memorável, ele mostrou o quanto é apaixonado pelo que faz, disse que é fundamental essa paixão, e é tão gratificante para a alma quando temos a possibilidade de ouvir alguem falar com tanto gosto da profissão, ainda mais quando essa pessoa faz parte da área que queremos seguir. No fim da palestra entramos em um debate sobre best sellers versus arte literária, discussão interminável, por fim, depois de tantos argumentos, chegamos à conclusão de que best sellers sempre existirão, como também a arte literária, cabe a nós leitores decidirmos o que é bom ou ruim, como tudo na vida. Depois da palestra, o show do mestre Oswaldo Montenegro, letras poéticas com muito rock, é lógico que ele cantou as clássicas como "Bandolim" e "A lista", cantou também algumas canções de Chico Buarque, Belchior etc, o show foi um sonho, repertório digno para quem aprecia música popular brasileira.

Na terça-feira passei o dia contando os segundos para o fim do expediente, estava anciosa para a palestra do professor, escritor e linguista Edward Lopes, mas infelizmente ele estave acamado e não pôde comparecer, confesso que fiquei decepcionada. Quem se prontificou em falar no lugar do grande linguista foi o Dr. prof. Sérgio Roxo, confesso que estranhei, decidi ficar e ouvi-lô, afinal de contas já estava ali mesmo, fiquei e não perdi nada com isso, a palestra foi muito interessante, com reflexões filosóficas, lisguísticas e júricas, me surpreendi quando o Dr. Sérgio disse que estava defendendo uma tese ultilizando a linguística. Com toda a certeza aprendi muito naquela noite.

Quinta-feira decidi assistir uma apresentação da palavra cantada, o repertório da noite era Caetano Veloso , e nos intervalos das canções um professor de história (não me lembro o nome) falava sobre a relação das músicas de Caetano e seus respectivos parceiros com a história do Brasil, fiquei muito satisfeita, quando eu saio de algum lugar que acrescenta algo na minha vida eu fico realizada e privilegiada por ter tido a possibilidade de ter estado ali. Sai da palavra cantada de alma lavada e encontrei com minha mãe e minha irmã para assistirmos ao show de Toquinho e MPB4, quem entrou primeiro no palco foi o quarteto da MPB, vozes de anjos, sincronizadas, abriram o show com a música "Cio da terra", em seguida foi uma canção mais linda que a outra, até que surgiu ele, Toquinho, muito humilde, mais um cara apaixonado pelo que faz, dava pra sentir isso em cada música, em cada batida do violão. Na sequência o grupo MPB4 se juntaram a ele e me levaram ao delírio e nostalgia com as músicas "O caderno" e mais um monte da minha época de infância, como eram boas as canções infantis naquela época, logicamente hoje também tem coisas boas, mas é que as do passado para mim tem um gostinho especial, mais uma noite inesquecível.

No sabádo eu já sentia a angústia do fim próximo da feira do livro, tanto que fui bem cedo para lá, andei, vi recitais de poesias, tudo muito lindo. Às 16h fui para o Teatro Pedro II assistir ao show de Ná Ozzetti, que cantou e nos encantou com o repertório de Carmem Miranda, fiquei fascinada, letras incríveis, foi apaixonante. Depois do show da Ná Ozzetti tudo foi muito engraçado, pois pegamos "uma"chuva, eis que esperamos por Maria Rita com nossas capas de chuva, infelizmente não consegui ver o show até o fim, estava muito cansada.

E para fechar a feira com chave de ouro no domingo: Lenine, um dos shows mais esperado por mim. Valeu demais esperar o último dia para vê-lo, Lenine é encantador, simples; gosto de pessoas simples; ele dançou, brincou, fez a gente cantar junto, apaixonante a maneira de encantar que ele tem. Saimos de lá realizados.

É com muito orgulho que eu escrevo esta postagem, pois foram dias repletos de aprendizados e epifânias mágicas. Vou esperar anciosa pela 10° edição deste evento, enquanto isso, eu vou buscando cultura nos becos escondidos, quanto souber de algo publicarei aqui.

Um beijo de um ser sendo.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O sonho cultural está acabando

Tenho muita coisa em mente para escrever, a 9° Feira do Livro tem me proporcionado muitas reflexões, estou esperando o evento acabar para fazer um balanço geral do que foi esses dias de muita cultura. Como podem perceber, tenho sido frequentadora assídua desta 9° edição, repleta de eventos, palestras e shows de música popular brasileira de qualidade.
Percebi que Ribeirão Preto não é somente a cidade da música serteja, há muitas pessoas, muitas mesmo, pretigiando as palestras, os shows, a palavra cantada; o evento está impecável, sem dúvida nenhuma a organização está de parabéns. Há segurança, boa iluminação e o pessoal tem trabalhado tranquilamente nas barraquinhas de cachorro quente, para mim, isso sim é uma legítima feira da sabedoria.
Enfim, aguardarei anciosa a 10° edição deste evento, pois domingo o sonho cultural acaba e a cidade voltará a ser a mesma de sempre.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Amigos de colégio

Dia desses me deu uma vontade de comer pizza, sai do trabalho e parei em uma pizzaria para levar pra viagem, cheguei, fiz meu pedido, e percebi que tinha um moço sentado ao meu lado, até aí tudo bem, alguns minutos depois chamaram pelo nome de Rafael para buscar a pizza, olhei bem e percebi que eu o conhecia, estudei os três anos do meu colegial com ele, eramos amigos, faziamos parte da mesma turma, mas mesmo assim, fiquei ali, parada, observando que já não o conhecia mais, cinco anos se passaram e aquele amigo de viagens e sonhos de adolescência não era mais nada além de lembranças, deixei o Rafa ir sem o chamar para fala oi e perguntar como ele tem passado nos últimos anos. Desde então penso nisso, e decidi escrever sobre a sensação que tenho a respeito dos amigos de colégio, eles são como seres eternos, parado em um tempo e espaço que não volta mais, e quando vejo alguém daquele tempo é tão estranho, eles já não usam uniforme, estão fazendo ou já concluíram a faculdade, estão se casando, é muito louco, e bom ao mesmo tempo. Crescemos, eu penso.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A arte de libertar

Eu sempre gostei de ler textos metalinguísticos, acho interessante a arte de escrever sobre a forma da escrita, construção do texto; vemos muito esse mecanismos também em filmes, fotos, peças teatrais etc. Essa figura de linguagem é muito comum, e nossa linguística não podia deixar de dar um nome, uma teoria para isso, mas não é sobre figuras de linguagem que eu escreverei hoje, e sim de como escrever desperta algo bom em mim, vou fazer, mais uma vez uma metalinguagem.
Escrever, para mim, é uma forma de escape, hoje usa-se dizer terapia não é mesmo?
Enfim, seja o que for, escrever me liberta de um mundo pragmático que me rodeia. Sempre gostei de colocar no papel o que penso, sempre fui escritora de gaveta, admiro literatura e tenho a plena convicção que o que eu escrevo passa longe de literatura, mas a considero arte, a minha arte de pensar, opinar e refletir. Não tenho grandes ambições quanto a isso, só quero a sensação de liberdade que o ato de escrever que proporciona. Escrever é a arte de libertar.