segunda-feira, 6 de julho de 2009

Em busca do sentido


Na descrição do meu perfil eu escrevi que procuro sentido em minha vida e que sou movida, semioticamente, por paixões, falando assim parece que sou objeto de estudo de alguma teoria, no caso a semiótica, e eu posso ser, viu: Sou um "sujeito" e tenho um "objeto valor" a ser conquistado, esse objeto valor pode ser os deveres do dia a dia, tudo isso ligado à paixão, pois se o sujeito não está "apaixonado" pelo seu "objeto valor" não há o percurso. Eu sei, tá complicado né? acredite, para mim a semiótica é uma loucura. Eu a estudo há dois anos e parece que ainda não sei nada, e acho que não sei mesmo, agora estamos (grupo de estudos de semiótica) começando a navegar em mares desconhecidos, uma nova (para nós) direção da semiótica de Zilberberg, ele e suas tensividades, acredito que com o Zilberberg teremos ainda mais suporte de análise para nossos textos. Mas Greimas, sempre será o "mestre dos mestres", não tem jeito.

Mas não tô aqui para ensinar semiótica ou definí-la, o que pra mim é impossível, quero contar como a conheci e como ela faz sentido para mim, falando assim parecemos intimas né? Que nada, para vocês terem uma ideia tenho que ler, reler, ler de novo algumas explicações para que algumas questões entrem na minha mente.

Quem me apresentou a teoria foi a professora Fabiane Borsato, que no meu último ano de faculdade (2007) aceitou orientar meu tcc em parceria com a minha amiga Marilisa, e sugeriu o suporte da semiótica para a análise, confiei na Fabiane, formamos um grupo de estudos para aprendermos melhor e seguimos em frente, peguei um livrinho fininho destinado a principiantes do estudo da teoria semiótica e o engoli, literalmente, nosso primeiro objeto de estudo foi o conto "Teleco, o coelinho" de Murilo Rubião, sinceramente, a análise ficou boa, coerente, mas faltou intimidade entre os termos semióticos e a análise, ficou parecendo uma fórmula, mas com certeza, esse exercício truncado fez com que ganhássemos um pouquinho mais de intimidade com a teoria, e com o que tínhamos de análise do Teleco, apresentamos uma comunicação no MiniEnapol da USP. Nosso segundo texto foi outro conto de Murilo Rubião: "O ex-mágico da Taberna Minhota", essa análise já ficou menos teórica, mas se hoje eu pegar para ler encontrarei alguns erros, enfim, apresentamos a análise para a bancada de tcc, e foi tudo bem, passamos de ano e concluímos o curso de Letras, página virada a princípio.

Conclui o curso, mas não a semiótica, ainda frequento o Grupo de Estudos CESAJUG, que me proporciona o contato com o trabalho de análise semiótica em textos literários, ela não me deixa parada, desatualizada. Com a semiótica podemos entender os percursos do sujeito na obra, suas paixões, a figuratividade presente em cada pedacinho do texto, seja ele qual for, afinal de contas a semiótica está aí, em busca do sentido. E eu também estou. 

Um comentário:

  1. Oi Má! Tenho uma amiga que fez Letras e adora semiótica. Sou completamente leiga no assunto. Sei que envolve estudo de textos interessantes e, consequentemente, engrandece quem se dedica a ela. Siga em frente, aprender é uma das coisas mais delicosas desse mundo, neh? Um beijão! ;*

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