quarta-feira, 1 de julho de 2009

9° Feira do Livro de Ribeirão Preto



Como prometi na minha última postagem, hoje escreverei um pouco sobre a 9° edição da Feira do Livro. Acho que exagerei quando disse em fazer um balanço geral, pois apesar de ter comparecido quase todos os dias, não foi o suficiente para ver tudo que eu queria, o que farei aqui será apenas um resumo do que vi nos dias em que pude ir.

Comecei no sábado, dia 20/6, com o show de Adriana Calcanhotto, e posso dizer que foi um dos melhores shows que já estive, e olha que já fui em muitos. Adriana é linda, simpática, tem absoluta presença de palco, no show ela apresentou seu novo CD: "Maré", coisa linda, ótimas composições com parceria de Arnaldo Antunes, e além de nos mostrar o novo projeto, ela também cantou as clássicas que a gente nunca esquece, Adriana ao vivo se supera, sensacional. A noite não poderia ter acabado melhor para mim, pois quando eu estava indo para o carro, vi o Bruno Medina (tecladista dos Los Hermanos, atualmente está acompanhando a Adriana Calcanhotto nesta turnê), totalmente acessível atrás do palco, não pude evitar meu momento de tiete, e com ajuda do Fábio (super namorado), tirei uma foto com ele e disse o quanto eu o admirava, falei dos Los Hermanos, enfim, coisa de fã. Ele foi muito legal viu, me surpreendi, pois sempre o achei misterioso e tímido demais, poetas tem dessas coisas.

Na segunda-feira, depois do trabalho, não pude deixar de ir à palestra das 19h, quem deu o show de conhecimento foi o professor e escritor Dionísio, palestra memorável, ele mostrou o quanto é apaixonado pelo que faz, disse que é fundamental essa paixão, e é tão gratificante para a alma quando temos a possibilidade de ouvir alguem falar com tanto gosto da profissão, ainda mais quando essa pessoa faz parte da área que queremos seguir. No fim da palestra entramos em um debate sobre best sellers versus arte literária, discussão interminável, por fim, depois de tantos argumentos, chegamos à conclusão de que best sellers sempre existirão, como também a arte literária, cabe a nós leitores decidirmos o que é bom ou ruim, como tudo na vida. Depois da palestra, o show do mestre Oswaldo Montenegro, letras poéticas com muito rock, é lógico que ele cantou as clássicas como "Bandolim" e "A lista", cantou também algumas canções de Chico Buarque, Belchior etc, o show foi um sonho, repertório digno para quem aprecia música popular brasileira.

Na terça-feira passei o dia contando os segundos para o fim do expediente, estava anciosa para a palestra do professor, escritor e linguista Edward Lopes, mas infelizmente ele estave acamado e não pôde comparecer, confesso que fiquei decepcionada. Quem se prontificou em falar no lugar do grande linguista foi o Dr. prof. Sérgio Roxo, confesso que estranhei, decidi ficar e ouvi-lô, afinal de contas já estava ali mesmo, fiquei e não perdi nada com isso, a palestra foi muito interessante, com reflexões filosóficas, lisguísticas e júricas, me surpreendi quando o Dr. Sérgio disse que estava defendendo uma tese ultilizando a linguística. Com toda a certeza aprendi muito naquela noite.

Quinta-feira decidi assistir uma apresentação da palavra cantada, o repertório da noite era Caetano Veloso , e nos intervalos das canções um professor de história (não me lembro o nome) falava sobre a relação das músicas de Caetano e seus respectivos parceiros com a história do Brasil, fiquei muito satisfeita, quando eu saio de algum lugar que acrescenta algo na minha vida eu fico realizada e privilegiada por ter tido a possibilidade de ter estado ali. Sai da palavra cantada de alma lavada e encontrei com minha mãe e minha irmã para assistirmos ao show de Toquinho e MPB4, quem entrou primeiro no palco foi o quarteto da MPB, vozes de anjos, sincronizadas, abriram o show com a música "Cio da terra", em seguida foi uma canção mais linda que a outra, até que surgiu ele, Toquinho, muito humilde, mais um cara apaixonado pelo que faz, dava pra sentir isso em cada música, em cada batida do violão. Na sequência o grupo MPB4 se juntaram a ele e me levaram ao delírio e nostalgia com as músicas "O caderno" e mais um monte da minha época de infância, como eram boas as canções infantis naquela época, logicamente hoje também tem coisas boas, mas é que as do passado para mim tem um gostinho especial, mais uma noite inesquecível.

No sabádo eu já sentia a angústia do fim próximo da feira do livro, tanto que fui bem cedo para lá, andei, vi recitais de poesias, tudo muito lindo. Às 16h fui para o Teatro Pedro II assistir ao show de Ná Ozzetti, que cantou e nos encantou com o repertório de Carmem Miranda, fiquei fascinada, letras incríveis, foi apaixonante. Depois do show da Ná Ozzetti tudo foi muito engraçado, pois pegamos "uma"chuva, eis que esperamos por Maria Rita com nossas capas de chuva, infelizmente não consegui ver o show até o fim, estava muito cansada.

E para fechar a feira com chave de ouro no domingo: Lenine, um dos shows mais esperado por mim. Valeu demais esperar o último dia para vê-lo, Lenine é encantador, simples; gosto de pessoas simples; ele dançou, brincou, fez a gente cantar junto, apaixonante a maneira de encantar que ele tem. Saimos de lá realizados.

É com muito orgulho que eu escrevo esta postagem, pois foram dias repletos de aprendizados e epifânias mágicas. Vou esperar anciosa pela 10° edição deste evento, enquanto isso, eu vou buscando cultura nos becos escondidos, quanto souber de algo publicarei aqui.

Um beijo de um ser sendo.

Um comentário:

  1. Sabendo de outros eventos, venha compartilhar!!!
    A Feira foi incrível, até ano que vem.

    ;)

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