O Lado bom da vida existe, por
mais que apareçam situações complicadas no decorrer da nossa existência, pois a vida
é assim, feita de altos e baixos, e penso que felicidade será sempre uma utopia
e o lado bom dessa busca incessante em ser o tempo todo feliz é tirar de todos
os perrengues, do cotidiano, que por vezes é massacrante, o algo a mais, o
bônus, aquele sentimento de “que seja doce...”, nas pequenas coisas que nos
ocorre.
E essa foi a situação que me
deparei ao assistir o filme O Lado Bom da Vida, que vem sendo
bastante elogiado, prova disso são os vários prêmios que já levou nos tapetes
vermelho deste ano, inclusive teve grande reconhecimento no Oscar com 8
indicações. Mas vamos deixar as informações pragmáticas de lado e ir direto ao
que interessa.
Pude encontrar várias nuances
interessantes no enredo desse filme, como as dualidades loucura versus normalidade, ou pelo menos o que
se pensa ser normal, negatividade versus
positividade, num roteiro leve e ao mesmo tempo reflexivo, com diálogos
interessantes e inteligentes. E eu tive a leve sensação de que o lado bom da
vida pode ser encontrado inclusive na loucura, pois no decorrer do filme, o que
parece ser normal, se olhar com bastante atenção, não é, e é daí que vem a
dúvida: a normalidade existe?
Pat Solitano Jr., (Bradley Cooper),
depois de uma atitude violenta, tendo que ficar preso em um sanatório, é
retirado de lá por sua mãe Dolores Solitano (Jacki Weaver), que acredita que
ele conseguirá superar o que vivenciou estando em casa junto dela e do pai, o
Sr. Pat Solitano (Robert De Niro). Aos poucos vamos descobrindo o porquê de seu
surto, que o levou a perder a mulher, a casa, o emprego e a confiança das
pessoas. Nas sessões de terapia, e também no decorrer de sua internação, Pat
descobre ser bipolar e decide tornar-se uma pessoa melhor, mesmo com as
variações de humor. Interessante ver nesse filme a convivência de Pat com os
pais, pois por mais que seja difícil passar por todas as dificuldades do filho,
há compreensão e uma dose de bom humor, mesmo diante de crises e brigas,
inclusive há cenas onde nos deparamos com o pai, Sr. Pat, fanático por baseball
e com transtorno obsessivo-compulsivo. Pois é, bem no fundo
ninguém é perfeito, ou seja, normal.
A vida do Pat começa a voltar a fazer
sentido e ter alguma expectativa de mudança quando, em um jantar na casa de
amigos que faz a linha casal perfeito, ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence)
que tenta superar a morte de seu marido, e em decorrência disso, passa por
problemas psiquiátricos, também. O
primeiro diálogo deles é fantástico, pois são super sinceros um com o outro,
percebe-se aí a falta de tato com o próximo, mas por não acreditarem que o
problema do outro seja maior que seu próprio problema. Diante desse encontro,
apesar da contrariedade de Pat em ter algo a mais com Tiffany a princípio, inclusive
amizade, pois quer ter sua ex-mulher de volta, eles começam algo interessante, envolvendo aulas de danças, disciplina, competição, baseball, enfim, esse
encontro realmente é fascinante para todos os personagens.
Bom, vou parando com meus comentários por
aqui, pois recomendo que assistam ao filme. Deixo meu cantinho à disposição para vocês deixarem seu comentário, sua impressão sobre esse filme que trouxe para minha vida bons momentos de reflexão.
Apesar dos pesares, um lado bom da vida a todos.
Beijo.
Apesar dos pesares, um lado bom da vida a todos.
Beijo.
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