quarta-feira, 13 de março de 2013

À procura do lado bom da vida




O Lado bom da vida existe, por mais que apareçam situações complicadas no decorrer da nossa existência, pois a vida é assim, feita de altos e baixos, e penso que felicidade será sempre uma utopia e o lado bom dessa busca incessante em ser o tempo todo feliz é tirar de todos os perrengues, do cotidiano, que por vezes é massacrante, o algo a mais, o bônus, aquele sentimento de “que seja doce...”, nas pequenas coisas que nos ocorre.


E essa foi a situação que me deparei ao assistir o filme O Lado Bom da Vida, que vem sendo bastante elogiado, prova disso são os vários prêmios que já levou nos tapetes vermelho deste ano, inclusive teve grande reconhecimento no Oscar com 8 indicações. Mas vamos deixar as informações pragmáticas de lado e ir direto ao que interessa.



Pude encontrar várias nuances interessantes no enredo desse filme, como as dualidades loucura versus normalidade, ou pelo menos o que se pensa ser normal, negatividade versus positividade, num roteiro leve e ao mesmo tempo reflexivo, com diálogos interessantes e inteligentes. E eu tive a leve sensação de que o lado bom da vida pode ser encontrado inclusive na loucura, pois no decorrer do filme, o que parece ser normal, se olhar com bastante atenção, não é, e é daí que vem a dúvida: a normalidade existe?


Pat Solitano Jr., (Bradley Cooper), depois de uma atitude violenta, tendo que ficar preso em um sanatório, é retirado de lá por sua mãe Dolores Solitano (Jacki Weaver), que acredita que ele conseguirá superar o que vivenciou estando em casa junto dela e do pai, o Sr. Pat Solitano (Robert De Niro). Aos poucos vamos descobrindo o porquê de seu surto, que o levou a perder a mulher, a casa, o emprego e a confiança das pessoas. Nas sessões de terapia, e também no decorrer de sua internação, Pat descobre ser bipolar e decide tornar-se uma pessoa melhor, mesmo com as variações de humor. Interessante ver nesse filme a convivência de Pat com os pais, pois por mais que seja difícil passar por todas as dificuldades do filho, há compreensão e uma dose de bom humor, mesmo diante de crises e brigas, inclusive há cenas onde nos deparamos com o pai, Sr. Pat, fanático por baseball e com transtorno obsessivo-compulsivo. Pois é, bem no fundo ninguém é perfeito, ou seja, normal.



A vida do Pat começa a voltar a fazer sentido e ter alguma expectativa de mudança quando, em um jantar na casa de amigos que faz a linha casal perfeito, ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence) que tenta superar a morte de seu marido, e em decorrência disso, passa por problemas psiquiátricos, também.  O primeiro diálogo deles é fantástico, pois são super sinceros um com o outro, percebe-se aí a falta de tato com o próximo, mas por não acreditarem que o problema do outro seja maior que seu próprio problema. Diante desse encontro, apesar da contrariedade de Pat em ter algo a mais com Tiffany a princípio, inclusive amizade, pois quer ter sua ex-mulher de volta, eles começam algo interessante, envolvendo aulas de danças, disciplina, competição, baseball, enfim, esse encontro realmente é fascinante para todos os personagens. 



Bom, vou parando com meus comentários por aqui, pois recomendo que assistam ao filme. Deixo meu cantinho à disposição para vocês deixarem seu comentário, sua impressão sobre esse filme que trouxe para minha vida bons momentos de reflexão.

Apesar dos pesares, um lado bom da vida a todos.

Beijo.

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