terça-feira, 19 de julho de 2011

Sobre o preconceito

“Faço parte do mundo e, no entanto, ele deixa-me perplexo.”

Charles Chaplin

Nesta semana comecei a ler o livro “Indignais-vos” de S Hessel, e motivada por um sentimento de indignação decidi escrever um post sobre uma das coisas que mais me deixa perplexa: o preconceito. Essa doença que sempre esteve presente em todas as sociedades, de diferentes épocas.


Vou chamá-la de doença, pois é por causa do preconceito que não podemos vislumbrar uma cura para a sociedade que vivemos, com direitos iguais de verdade e com a tão sonhada democracia de fato, pois o ódio e o egocentrismo não deixam que alguns indivíduos se respeitem e pensem em um bem maior para o coletivo.


São muitas as formas de preconceito, contra negros, pobres, homossexuais, sem terras, contra outra religião etc. E é tão absurdo querer que uma pessoa viva da forma que se presuma ser certa e normal, é tudo tão retrógrado para os dias de hoje e, no entanto, o que mais se vê na imprensa digital e tradicional são casos extremos envolvendo violência radical contra o considerado diferente.


Hoje mesmo pela manhã, assisti uma reportagem de jovens que atacaram pai e filho em um momento de afeto pensando que eles fossem um casal gay, pasmem. Quando não vemos casos de violência física nos deparamos com a verbal vinda do congresso, lugar que deveríamos esperar posições sensatas vindas de pessoas desprovidas de preconceitos e ao invés disso tem a corja entrando em guerra com os sensatos de fato pelo bem maior da família.


Parece piada de mau gosto né? Mas é a realidade que vivemos hoje no Brasil. Os senhores “defensores da família” devem achar lindo um pai e um filho serem atacados por parecerem gays, mas e daí? E se fosse de fato um casal? Enfim, tá tudo errado, e ao invés de um grande debate envolvendo educação e punição efetiva tem-se uma guerra entre certo e errado que parece não ter fim, enquanto isso há casos extremos praticamente todos os dias.


É preciso que haja respeito para com o próximo, essa é a cura, a pessoa deve ter o direito de escolher o que quer para sua vida. Ser livre para ser Homossexual ou heterossexual; ateu, cristão, evangélico, católico ou espírita. Viver sua crença e escolha da melhor maneira possível.


As diferenças devem parar de ser motivo de ódio e desrespeito.


Pronto falei.


Reflitam.

4 comentários:

  1. Concordo com cada palavra sua. Acho que estamos em uma sociedade tão superficial que acabamos por deixar questões importantes como essa de lado.
    Deveríamos nos aproximar de maneira amorosa sem essas bobeiras.

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  2. Com certeza Matheus. Respeito, educação e amor nas relações com o outro faria desde país bem melhor de se viver!

    É o que a gente espera ver, um mundo justo a todos.

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  3. Amei seu blog...vc tem um grande dom....

    referente ao texto ou melhor ao assunto, fico ate um pouco triste quando se fala em preconceito... a palavras ja diz muito, as pessoas tem seus pré conseitos e sai julgando qualquer pessoas que ve pela frente... vivemos em um mundo totalmente separados, onde em muitos lugares a raça a cor e a orientação sexual é muito julgada... me causa uma certa revolta com tudo isso, pois essas pessoas que julga mal sabem que um dia terão filhos e tudo pode vira contra o barco...
    Fico feliz em saber que pessoas como vc ainda acredita em um mundo melhor e sem preconceito, espero que a cada dia uma pessoa a mais possa ver textos assim que nem o seu para mudar seus conceitos e aceitar a vida de uma forma mais justa não só para ela mais para todos..
    bjus fica com Deus, tudo de bom pra ti...

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  4. Olá Nathalia,

    Obrigada pela visita e comentário aqui no meu cantinho.

    Acredito, e tenho fé nisso, que a nova geração, que é também a sua, possa ficar atenta e forta quanto às injustiças das ruas e do congresso. Para isso é preciso ler muito, ficar de olho e jamais se alienar, cada um fazendo sua parte tudo dará certo sim.

    Um beijo, volte sempre!

    Marcela.

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